segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

EVELYN HUGO E A ILUSÃO DA VIDA PERFEITA (Sem spoilers!)


O livro Os Sete Maridos de Evelyn Hugo [1], da talentosa autora Taylor Jenkins Reid, mergulha o leitor em um universo fascinante de glamour, celebridades e, acima de tudo, na complexidade da busca por transmitir uma vida perfeita. Através da história envolvente e cativante de Evelyn Hugo, somos convidados a refletir sobre a ilusão da vida perfeita que muitas vezes buscamos incansavelmente, ainda mais hoje com o sucesso das redes sociais, como Instagram, TikTok e YouTube, entre outros. 

A trama desenrola-se através das confissões íntimas da icônica Evelyn Hugo, uma estrela do cinema hollywoodiano, entre as décadas de 1960 e 70.  Ela teve não apenas sete maridos, mas também ganhou o coração do público. No entanto, por trás do brilho das luzes e dos flashes, Reid habilmente desvenda as camadas mais profundas da vida da protagonista, revelando as imperfeições por trás da fachada de glamour, inclusive com decisões altamente reprováveis do ponto de vista ético. 




Evelyn Hugo



Um tema essencial do livro gira em torno da ilusão da vida perfeita, que permeia a existência de Evelyn Hugo e, por extensão, a vida de muitos de nós. A autora explora como a busca incessante pela ilusão da vida perfeita ou da imagem de perfeição, muitas vezes, leva a compromissos, sacrifícios e uma constante tensão com relação às expectativas sociais. Evelyn, apesar de sua aparência deslumbrante, enfrenta dilemas pessoais profundos, mostrando-nos que a vida por trás da cortina de fumaça nem sempre corresponde às imagens idealizadas de perfeição, beleza e felicidade transmitidas pelos filmes e por boa parte da mídia, sempre ávida por satisfazer a imagem ingênua que os(as) fãs têm de seus ídolos. 

Ao longo da narrativa, Reid nos faz questionar as definições tradicionais de sucesso e felicidade, desconstruindo a visão superficial que frequentemente temos das vidas dos outros, principalmente com relação ao meio artístico cinematográfico. Evelyn Hugo emerge não apenas como uma figura glamorosa, mas como uma mulher complexa que lida com desafios universais, revelando que, por trás da máscara da perfeição, esconde-se uma realidade humana e cheia de nuances. Basta pensar que ela foi uma mulher de grande sucesso num Hollywood dominada pela presença masculina e essa dificuldade foi, na minha avaliação, a menor das dificuldades que ela enfrentou.

 Taylor Jenkins Reid

Vale ressaltar, também, que os sacrifícios empenhados em se construir uma imagem ilusória de sucesso, felicidade, beleza e de "sex appeal" podem normalmente destruir ou atrapalhar na construção de relações mais verdadeiras, ou mais humanas pois essa busca insana acaba por "desumanizar" a imagem que as outras pessoas constroem de seus ídolos. No caso da Evelyn Hugo, isso é perfeitamente notado no capítulo em que ela descreve a relação dela com Max Girard.

A prosa envolvente de Taylor Jenkins Reid nos leva a refletir sobre as escolhas que fazemos em busca de uma vida perfeita, mostrando que a verdadeira felicidade muitas vezes reside na aceitação de nossas imperfeições e na busca autêntica daquilo que realmente importa, como boas amizades e laços saudáveis com familiares e com os colegas de profissão, por exemplo.

Para os fãs mais  ardorosos de Reid, vale informar que a obra "Os Sete Maridos de Evelyn Hugo" é fortemente influenciada no livro Ava Gardner: The Secret Conversations [2], escrita pela própria Gardner em parceria com Peter Evans. Essa informação é interessante pois a autora Nora Roberts, ao que parece, também se inspirou em partes conhecidas dessa obra para escrever o Mentiras Genuínas [3] de 2013, também baseado no mundo hollywoodiano, mas mais com uma abordagem de investigação e suspense. O mais interessante é que a obra de Reid foi acusada de ser um plágio do "Mentiras Genuínas" por conta, principalmente, das sinopses serem muito semelhantes. Todavia, na minha visão, as semelhanças nas duas obras só acontecem por elas beberem de uma fonte comum: o livro da Ava Gardner. Assim, essa obra também merece ser conferida pelo leitor mais e preocupado com a questão do plágio literário. 

"Os Sete Maridos de Evelyn Hugo" não é apenas um relato fascinante da vida de uma estrela, mas uma poderosa reflexão sobre a ilusão da vida perfeita que todos nós, de alguma forma, perseguimos.


Recomendo fortemente essa obra, muito bem escrita e que mereceria uma adaptação em forma de roteiro para se transformar num filme, ou numa série. A relação entre o mundo de Evelyn Hugo e os tempos atuais, com relação à fabricação de imagens de perfeição, beleza, alegria e sucesso, é muito forte e serve como alerta e reflexão sobre os descaminhos que a busca pela ilusão da vida perfeita pode trazer. 



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


[1] REID, Taylor Jenkins. Os sete maridos de Evelyn Hugo. Paralela, 2019. 


[2] GARDNER, Ava & EVANS, Peter. Ava Gardner: the secret conversationsSimon & Schuste, 2014. 


[3] ROBERTS, Nora. Mentiras genuínas. Bertrand Brasil, 2013. 


LIVROS INDICADOS

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OS SETE MARIDOS DE EVELYN HUGO













quarta-feira, 9 de agosto de 2023

TESOUROS PARA AS HORAS DIFÍCEIS: COMO SUPERAR AS DÍVIDAS

 

Prólogo do Professor Paulo

 

Com muito orgulho e satisfação, o meu blog recebe um texto do professor e amigo Isaias Lobão, professor do Instituto Federal de Tocantins e ferrenho estudioso de temas concernentes ao fazer humano, no caso, aqui, a Economia. Não por acaso, a obra alvo desse texto é o livro “Tesouro para horas difíceis: Como superar as dívidas”, lançado no presente ano de 2023.

Conheço o professor Isaias há cerca de três décadas, fomos colegas no curso de História da UnB e desde àquela época, parecia claro para mim que nossas visões de mundo eram enriquecidas e depuradas durante algumas discussões que tínhamos, às vezes não muito educadas de minha parte, devo confessar. Apesar de nossas visões espirituais serem diametralmente opostas em muitos aspectos, posso afirmar categoricamente que o texto ora apresentado está totalmente de acordo com o espírito do meu blog: é um texto acessível, possui um caráter de divulgação de um tipo de conhecimento que pode efetivamente ajudar às pessoas, fazendo pontes entre a teoria e a vida cotidiana, é um texto que suscita pontes para outras áreas do conhecimento, entre outras qualidades.

Devo informar que o professor Isaias é um pastor relativamente famoso e com uma carreira já consolidada. Digo isso porque o artigo dele possui um amparo bíblico, claramente perceptível. Todavia, no caso aqui, não creio que isso seja por si um problema quando se colocam ideias e percepções sobre como se comportar eticamente com relação às finanças. No meu entendimento, as passagens bíblicas são um ponto de partida, mas precisam ser percebidas dogmaticamente, ou de forma fanática. São como se fossem ideias baseadas no bom senso que até mesmo respeitados economistas concordariam sem grandes problemas. Não por acaso, o prefácio do livro do professor Isaias foi assinado pelo professor Ubiratan Jorge Iorio, ex professor da UERJ, muito respeitado no meio acadêmico.

Para mim, o motivo que acho mais importante dessa parceria com o professor Isaias Lobão foi a minha preocupação com a educação financeira. Hoje, já com certa experiência de vida, percebo o quão importante é a educação financeira. Muitas pessoas erram em seus investimentos, muitas vezes, por pura ignorância. Sabemos que uma “jogada” financeira errada pode lançar uma família inteira nas valas da marginalidade social; infelizmente, isso é mais comum do que imaginamos.

Assim, agradeço ao meu amigo pela honra do texto e espero que o(a) leitor(a) se divirta e tenha uma aprendizagem positiva sobre economia e finanças.

Por fim, recomendo fortemente o livro “Tesouro para horas difíceis: Como superar as dívidas”. Tenho certeza que essa obra tem o poder de melhorar sua relação com o dinheiro e, consequentemente, abrir passagens para uma vida mais próspera e feliz.

 

 

Tesouros para as horas difíceis: Como

 superar as dívidas

 


Professor Isaias Lobão


Pesquisas apontam o alto nível de endividamento das famílias brasileiras. Sessenta e seis por cento (66%) dos brasileiros possuem dívidas, e o pior, a maioria delas no cartão de crédito, no cheque especial e em empréstimos pessoais; dívidas com taxas de juros muito altas.

Sucessivas crises econômicas, a falta do planejamento financeiro pessoal, as ganâncias do coração, que busca satisfazer os desejos rapidamente, contribuem para ampliar este quadro.

Em alguns casos, as dívidas podem estar relacionadas a situações emergenciais, como o fato de alguém da família ficar doente, por exemplo; e você pode ter se endividado por conta disso. No entanto, na maioria dos casos as dívidas decorrem de péssimos hábitos financeiros, como gastar além da conta ou comprar por impulso, respondendo aos apelos do consumismo. 

 Quem não está com as contas em dia vive estressado e ansioso. Pois teme as inúmeras ligações dos cobradores, fica preocupado (a) com as contas atrasadas e sofre pressão por parte dos familiares. Em muitos casos, as pessoas chegam à depressão, já que a questão financeira influencia a vida espiritual, a saúde mental, a rotina da família e os planos para o futuro.

Se você está endividado (a) ou prestes a se endividar, atente para o que diz o texto bíblico de Provérbios 21: 20. Aqui são apresentados dois princípios sobre dívidas e como deve ser feita a administração de sua vida financeira.

Em primeiro lugar, o princípio do contentamento. O sábio confia que Deus irá prover o necessário para sua vida. Como diz a Bíblia: Não amem o dinheiro; estejam satisfeitos com o que têm. Porque Deus disse: “Não o deixarei; jamais o abandonarei”. (Hebreus 13:5).

 O dinheiro é útil e devemos trabalhar para sustentar nossas famílias, mas não devemos deixar o dinheiro dominar nossa vida. O desejo por riquezas ou bens materiais nunca deve se tornar mais importante que o desejo de agradar a Deus.

Todo o sucesso, a segurança e as bênçãos da vida dependem da providência de Deus. Tudo o que precisamos vem de Deus: a casa que nos traz proteção; a cidade que nos dá segurança e estabilidade; os alimentos e as provisões diárias que precisamos para sustentar a vida. Portanto, para ser feliz e se sentir satisfeito (a), você não precisa responder os constantes apelos do consumismo.

Porém, devemos nos lembrar que a promessa de suprir nossas necessidades não significa que Deus irá nos empanturrar com bens materiais, como anunciam os pregadores da teologia da prosperidade. 

O texto bíblico é claro, teremos o suficiente para viver e devemos ser gratos por isso. Não digo isso por estar necessitado, pois aprendi a ficar satisfeito com o que tenho. Sei viver na necessidade e também na fartura. Aprendi o segredo de viver em qualquer situação, de estômago cheio ou vazio, com pouco ou muito. Posso todas as coisas por meio de Cristo, que me dá forças. (Filipenses 4:11-13).

O segundo princípio que aprendemos aqui é o princípio da moderação. O tolo vive gastando e se endividando. Ele consume tudo que possui, comprando o que não precisa, com o dinheiro que não tem, para impressionar pessoas que não gosta, a fim de tentar ser uma pessoa descolada e moderna. Portanto, seja moderado (a) em seus gastos. Aprenda a poupar.

A maioria das pessoas preferem os bens presentes em detrimento aos bens futuros. Este conceito está relacionado ao fato de preferirmos eliminar um dissabor futuro o quanto antes, por meio de ações que atribuímos um maior valor. Assim, para poupar e se livrar das dívidas você precisa desistir de uma satisfação presente, onde geralmente alcançamos uma recompensa imediata, por uma satisfação no futuro.

A Bíblia nos incentiva a economizar, não acumular tesouros. O dinheiro deve ser gasto com prudência e controle.

Gênesis registra a história de José, filho de Jacó no Egito. Ele utilizou o princípio da moderação para resolver o problema das vacas magras. Deus anunciou que viria um tempo de fome e carestia e determinou que 20% de toda produção fosse poupada. José seguiu à risca as determinações de Deus. Durante 7 anos, o povo do Egito foi obrigado a poupar 20% de sua produção. E quando chegou o período de calamidade, eles tinham recursos para alimentar toda a população do Egito e ainda vender o excedente para os povos que viviam ao seu redor.

Por isso, adote esse princípio e seja moderado em seus gastos. Como é dito por aí: “O dinheiro não aceita desaforo”. Isto quer dizer que ninguém consegue viver gastando mais do que ganha. Portanto, devemos ser prudentes com nossos gastos, inclusive fazendo poupança para as horas difíceis ou para emergências. Além disso, a pessoa que tem o hábito de poupar pode adquirir à vista bens de maior valor, sem a necessidade de pagar juros exorbitantes. 

O que fazer quando você está endividado(a)?

Faça um plano de pagamento:

Normalmente não é possível pagar todas as dívidas de uma só vez. Por isso, é importante criar um plano de pagamento, para quitar a dívida dentro de certo prazo. Um plano bem elaborado é valioso e pode evitar muita confusão (Provérbios 21:5).

Quando você tem um plano de pagamento, você pode criar um orçamento e organizar quanto você pode gastar em suas necessidades e outras despesas. Assim você terá mais noção de quanto dinheiro está gastando e poderá até colocar um pouco de lado para poupar. O objetivo é viver dentro dos limites de seu orçamento, sem contrair mais dívidas.

Procure um bom aconselhamento financeiro.

Você não precisa fazer tudo sozinho. Muitas vezes, Deus usa outras pessoas para nos ajudar e abençoar. Peça aconselhamento a alguém que tem sabedoria financeira e que pode lhe ajudar. O acompanhamento pessoal de uma pessoa que entende de finanças pode fazer toda a diferença (Provérbios 19:20).

Existem vários grupos e organizações sociais que ajudam as pessoas a pagar suas dívidas e a viver dentro de seus meios, evitando mais empréstimos. Ou talvez você conheça alguém que é muito bom a gerir seu dinheiro. Busque os recursos que estão perto de você e aproveite a ajuda humana que Deus lhe oferece.


Com ajuda, você pode ficar livre da dívida!



Abaixo a obra do professor Isaias:


 "Como superar as dívidas"





RECOMENDAÇÕES DE LEITURA





O Homem mais Rico da Babilônia.  













Dinheiro, dívida e finanças







Pai Rico, Pai Pobre








Como organizar sua vida financeira










segunda-feira, 7 de agosto de 2023

RUSSELL CONTRA A BOMBA


 

RUSSELL CONTRA A BOMBA

 


Bertrand Russell (1872 – 1970), um dos mais influentes filósofos britânicos do século XX, foi uma figura notável que se destacou não apenas por suas contribuições para a filosofia, mas também por seu ativismo em prol da paz mundial. Neste artigo, vamos explorar a vida e as ideias desse intelectual corajoso e como ele se posicionou contra a ameaça da bomba atômica.

 

Quem foi Bertrand Russell?

Bertrand Arthur William Russell, nascido em 18 de maio de 1872, em Trellech, País de Gales, foi um pensador prolífico que abordou uma ampla variedade de tópicos filosóficos e políticos. Ele veio de uma linhagem de intelectuais e aristocratas e herdou o título de Conde de Russell, mas deixou de lado seu sangue azul em prol de sua busca pela verdade, sobretudo nos campos da Lógica, da Matemática e da Filosofia da Linguagem. Também, Russell foi um professor e pesquisador dedicado, além de se envolver em temas variados ligados ao mundo das artes, História, Política, dentre outros. Na parte final de sua vida, ele também se dedicou ao ativismo social, defendendo entre outros a liberdade e o pacifismo.







 As Contribuições Filosóficas de Russell

Russell é conhecido por seus trabalhos fundamentais na Lógica, Matemática, Epistemologia e Filosofia da Linguagem. Ele foi um dos fundadores da filosofia analítica e é reconhecido por sua obra "Principia Mathematica" [1] (1910), escrita em parceria com Alfred North Whitehead (1861 – 1947).

Entre outros, essa obra buscou estabelecer uma base lógica para a Matemática, o que, em certa medida, acabou se mostrando um fracasso. Todavia, essa importante obra influenciou uma série de pensadores – desde Ludwig Wittgenstein, passando pelos membros do Círculo de Viena, Alan Turing e Willard Van Orman Quine - que a perceberam ora como um ponto de partida para um novo jeito de se filosofar, ora como um projeto de impossível resolução, mas que lançava desafios importantes para o desenvolvimento do pensamento humano.

Sua abordagem filosófica era caracterizada por uma busca implacável pela clareza e rigor argumentativo. Russell acreditava que muitos dos problemas filosóficos surgiam de ambiguidades na linguagem e que a análise lógica cuidadosa poderia dissipar essas confusões, sempre se utilizando fundamentalmente do poder da racionalidade.

 

O Ativismo Pacifista de Russell

Além de suas contribuições acadêmicas e filosóficas, Bertrand Russell foi um ativista apaixonado que levantou sua voz contra as injustiças e atrocidades de seu tempo. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele foi preso por seus protestos contra a participação do Reino Unido no conflito. Essa experiência fortaleceu ainda mais seu compromisso com a paz.

No entanto, foi após a Segunda Guerra Mundial que Russell emergiu como uma voz proeminente contra a ameaça da bomba atômica. O filósofo britânico percebeu fortemente a catástrofe humanitária que essa nova arma representava. Assim, a única esperança para a humanidade seria a busca pela paz e, consequentemente, a luta constante contra a guerra.

 

"O Manifesto Russell-Einstein"

Em 1955, Bertrand Russell e o físico Albert Einstein (1879 – 1955) elaboraram um manifesto histórico conhecido como "O Manifesto Russell-Einstein" [2]. Neste manifesto, eles destacaram a ameaça existencial representada pela guerra nuclear e instaram os líderes mundiais a buscar a paz e o desarmamento nuclear.

O manifesto ressaltou que a não busca pela coexistência pacífica levaria ao perigoso caminho da destruição em massa. Russell e Einstein alertaram para as consequências devastadoras de uma guerra nuclear e pediram um esforço global para evitar tal catástrofe. Obviamente, os signatários desse manifesto estavam impressionados com a informação de que as novas bombas, dos anos 50, notadamente a bomba de hidrogênio (Bomba H), eram mais de 2.500 vezes mais poderosas do que a bomba lançada em Hiroshima. [3]

 

O Legado de Bertrand Russell

O ativismo pacifista de Bertrand Russell e seu empenho na luta contra a bomba atômica deixaram um legado significativo. Seus esforços incansáveis ​​e sua coragem em enfrentar questões globais inspiraram inúmeras pessoas em todo o mundo a se levantarem contra a guerra e a defenderem a paz. Efeito esse que se faz perceber até os dias atuais, quando se sabe que as guerras entre nações, por exemplo, causam importantes e cruéis impactos nas dinâmicas populacionais.

Além disso, largamente se reconhece que as contribuições filosóficas de Russell continuam sendo relevantes e influentes atualmente. Sua abordagem analítico-racional e a busca por clareza ainda são consideradas fundamentais não só dentro do campo filosófico, mas também do pensamento humano de forma geral. [4]

 

Conclusão

Bertrand Russell deixou um importante legado para o desenvolvimento do pensamento humano. Ele foi um defensor apaixonado da paz mundial e um ativista incansável em sua luta contra a bomba atômica. Sua coragem em levantar sua voz contra as injustiças e sua dedicação à busca da paz são exemplos inspiradores para todos aqueles que sonham com uma sociedade justa, próspera e tolerante.

A memória de Russell e seu compromisso com a paz devem continuar nos lembrando da importância de defender valores humanitários e buscar soluções pacíficas para os conflitos globais e mesmo para os conflitos interpessoais. Sua mensagem ressoa ainda hoje, lembrando-nos de que é dever de cada um de nós trabalhar pela paz e pelo bem-estar de toda a humanidade.


Referências e Recomendações


[1] Na obra "Logicomix", afirma-se que mais de 350 páginas foram necessárias para mostrar, ou provar, que 1+1=2. 
Ver: 
LOGICOMIX: uma jornada épica em busca da verdade. Apostolos Doxiadis & Christos Papadimitriou. Trad. Alexandre Boide Santos. São Paulo, Ed. WMF Martins Fontes, 2010. 




[2] http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/pugwash.pdf

[3] Para saber mais sobre a construção e o impacto da Bomba Atômica no início da Guerra Fria, ver: 

A BOMBA. Didier Alcante & Laurent-Frédéric Bollée. Ed. Pipoca e Nanquim, 2023. 



OPPENHEIMER: o triunfo e a tragédia do Prometeu americano. Kai Bird & Martin J. Sherwin. Trad. George Schlesinger, Ed. Intrínseca, 2023. (edição digital)


[4] Ver, por exemplo:
O ELOGIO AO ÓCIO. Bertrand Russell. Trad. Pedro Jorgensen Júnior. Rio de Janeiro: Sextante, 2002. 




quinta-feira, 24 de junho de 2021

VÍDEO - RIO BRASIL MUNDO







 

domingo, 30 de agosto de 2020

Vídeo sobre a Andragogia



 ANDRAGOGIA

quarta-feira, 29 de abril de 2020

INFOGRÁFICO - O que é ensinar?







quarta-feira, 15 de abril de 2020

VÍDEO - ONDE ESTIVER TEU TESOURO, ESTARÁ TAMBÉM TEU CORAÇÃO